Interessante como a Netflix realmente coloca suas produções em caixas. Esse aqui é do padrão de “Carry On”, mas sem os efeitos especiais grotescos do outro, e um protagonista mais interessante (mesmo que o filme sabote seus conflitos na diluição e não no arco dramático).
A cena da boate é um grande abre-alas da encenação exacerbada de Evans, que foge da assepsia e escuridão dos filmes atuais de gênero de ação.
Tom Cruise tem feito um bem enorme ao cinema de ação, contraponto a chatice pasteurizada dominante da Disney nessa seara simplesmente com….cinema.
Se o autorismo não vem de seu operador na direção deste longa, vem da cabeça dele enquanto produtor - e se existia alguma dúvida disso no excepcional “Missão Impossível: Fallout”, ela se confirma aqui neste “Top Gun Maverick”.
Primeiro porque existe profundidade na narrativa dramática do filme, e que explora todos os elementos disponíveis as suas mãos decorrentes…
A pandemia do cinema atual claramente é não saber concluir um filme. Parece um problema de overthinking de realizadores de abraçar várias linhas e não amarrá-las (ou ao menos fechar uma delas que seja).
Não fosse isso, seria um filme do mesmo patamar do anterior, mesmo com tons diferentes (e confesso que no desempate até gostaria mais deste do que primeiro, se não fosse o fraco desfecho aqui).
(Bate uma angústia em ler que pensam em ter um terceiro filme em cima desse desfecho raso)
