6u532b
“Outro caminho que se apresenta é o do cineasta-programador: pensar a montagem e o discurso proximamente ao ato de programar filmes. Recuperamos textos e entrevistas que elucidam ideias sobre cinema de Horwath que podem reverberar em Henry Fonda para Presidente. Por exemplo, sua preferência por pensar a programação não em termos espaciais (um filme ao lado do outro), mas temporais (um filme após o outro); seu maior interesse nas discrepâncias entre os filmes que nas similaridades. Ou suas muitas manifestações a respeito da “utopia do filme”, que “reside num entendimento do cinema que permita a suas formas amplamente diferentes — e suas amplamente diferentes formas de inteligência e beleza — coexistir de maneira produtiva” (Horwath em Algumas notas sobre uma “Utopia do filme”). E seu forte senso de preservação e conservação: “Para rear esse legado ao futuro, será necessário manter a ‘impura constituição genética’ do cinema intacta, assim como é necessário manter intactos os parâmetros tecnológicos-estéticos (seu ‘código genético’) pelos quais a mídia fez sua impressão no mundo”. Vemos, em Henry Fonda para Presidente, como o ator é estudado para além das obras cinematográficas, em concomitância a uma série de registros — longa-metragens ficcionais, séries de TV, documentários de guerra, propagandas publicitárias, talk shows, filmes caseiros, etc. Reconhece-se o mar de imagens em movimento em disputa de atenção com o cinema e a consequente necessidade de abertura e depuração na recepção destas, possibilitando assim a coexistência produtiva por meio da elucidação de seus “códigos genéticos”.”
Texto completo em: mam.rio/cinemateca/sessao-babel-2/#secao1
Dossiê completo com textos mencionados: mam.rio/cinemateca/sessao-babel-2/
O filme será exibido como parte da Sessão Babel #2, na Cinemateca do MAM, dia 07/06, às 18h.
]]>Watched on Tuesday May 27, 2025.
]]>Watched on Saturday May 17, 2025.
]]>Watched on Friday May 16, 2025.
]]>Watched on Thursday May 8, 2025.
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]]>Watched on Wednesday April 30, 2025.
]]>Watched on Thursday May 1, 2025.
]]>Watched on Tuesday April 29, 2025.
]]>Watched on Tuesday April 29, 2025.
]]>Watched on Thursday April 24, 2025.
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]]>Watched on Wednesday April 23, 2025.
]]>Watched on Tuesday April 15, 2025.
]]>Watched on Monday April 14, 2025.
]]>“Ao longo dos últimos cinco anos, Vinícius Romero transmutou suas obras por diferentes formas que colidem distintos es, na maioria dos casos tensionando o eixo entre o digital e o analógico. A insatisfação com o formato digital (de planura mais chapada, que não utiliza a luz como fonte primária, e de colorido ancorado em curtas variações de quente e frio – meio “democrático”, dizem, mas substancialmente mais desigual em termos pictóricos que o analógico) e a impossibilidade financeira e prática de se filmar em película no Brasil, desdobram-se em investigações que só se encerram após transcender as circunstâncias limitantes.
Nos últimos anos, investiu e experimentou no âmbito do equipamento, almejando encontrar e explicitar no próprio digital as qualidades analógicas do meio. Por exemplo: substituir, muitas vezes, a filmagem pelas fotos em sequência, o que lhe permite trabalhar fotograma a fotograma e utilizar diferentes velocidades de fps (frames por segundo) como as câmeras super-8 e 16mm permitem; assegurar maior resolução da imagem – já que as câmeras digitais pequenas geralmente alcançam o 4k em fotografias mas raramente em filmagens – ; consequentemente, há uma maior exploração cromática com e dos filtros, óculos de sol e o que mais estiver ao alcance da mão; e, por fim, obriga-o a operar e inventar com sons assíncronos, frutos de uma captação à parte. Suas câmeras hoje são como frankensteins, alteradas e compostas por pedaços bastantes distintos e anacrônicos, e sua prática constante visa aprimorar e dominar cada vez mais as incongruências tecnológicas. Como um cientista, mas também um como inventor, obcecado pela ideia de avivar.
Duna Atacama é uma de suas grandes conquistas como inventor, quando o caráter experimental deixa de ser etapa anterior ao domínio da técnica para ocupar a etapa seguinte. Ou seja, não mais se experimenta para dominar, mas sim para libertar o domínio.”
Texto completo em:
mam.rio/cinemateca/sessao-babel/#secao2
O filme será exibido dia 05/04/2025, às 18h, na Cinemateca do MAM, como parte da Sessão
Babel #1 Dinâmicas de Montagem: corte-travessia
“O filme de Marín apresenta uma sinfonia da cidade onde a noção de progresso é desorientada, sem rumo possível. O som é preenchido por um crescendo cada vez mais intenso de vento, que parece atravessar os espaços vazios com poucos obstáculos, e depois mergulha em diminuendo até o silêncio. Flerta tanto com a euforia de Dziga Vertov quanto com os lamentos de Peter Hutton, como se, a cada plano, ocorresse um novo nascimento político-social a ser confrontado pelas marcas do desaparecimento em constante movimento de exaustão. Um mausoléu no tempo presente, que colhe diversas manifestações e vestígios de tempos ados e batalha dispersamente para encontrar um modelo possível de futuro.”
Texto completo em:
mam.rio/cinemateca/sessao-babel/#secao2
O filme será exibido dia 05/04/2025, às 18h, na Cinemateca do MAM, como parte da Sessão
Babel #1 Dinâmicas de Montagem: corte-travessia
“Para abordar esse cenário, Ewelina menciona os escritos de um pintor quem “a paisagem polaca parece atrair constantemente o (…) olhar para o chão, fazendo-nos olhar não para o horizonte, mas para debaixo dos nossos pés, para os ossos enterrados sob cada o.” Seu olhar sobre o que é cultivado culturalmente por gerações transita entre uma proximidade muito respeitosa com os rituais mais cotidianos de uma geração mais velha (da ida à igreja, à lenta e cuidadosa descida de escadas, ao corte circular da casca de uma fruta) e um distanciamento brincalhão, fruto de uma outra proximidade, a intimidade entre netos e avós que permite escoar e remodelar os signos mais incrustados da tradição. Olhar para baixo num vai e vem, aproximando e afastando, fazendo com que a desenvoltura com os motivos locais demonstre o profundo conhecimento sobre os mesmos.
Por compreender a disposição das coisas neste pequeno e rico universo paisagístico, a cineasta visa primordialmente a observação, para, depois, na montagem, remanejar de forma nada linear em que tudo ainda estranhamente parece estar no seu devido lugar. Cruza o colorido com o preto e branco, sons e silêncios, utiliza sem medo aproximações assíncronas. Um travelling realizado num carrinho que cruza um cemitério é preenchido pelo som de galope de cavalos e ensaios ao piano. Uma série de movimentos que observam o interior de uma igreja são acompanhados pelos cantos multi-vocais de um coral, brincando com o direcionamento do eco de maneira labiríntica. Técnicas bastante intuitivas que preservam o caráter observacional dos documentos, e dão a nós, espectadores, uma nova forma de perceber o mundo como ele é. Uma que se transparece em um ritmo fílmico, mesmo expondo a todo momento cada decisão de Ewelina.“
Texto completo em:
mam.rio/cinemateca/sessao-babel/#secao2
O filme será exibido dia 05/04/2025, às 18h, na Cinemateca do MAM, como parte da Sessão Babel #1 Dinâmicas de Montagem: corte-travessia
]]>“Disappearances é até então o filme mais simples de James Edmonds. E é essa mesma simplicidade que desafia estas estratégias comuns em sua filmografia. Primeiro, trabalha com um único rolo de super-8, em sua linearidade e brevidade. Se utiliza da montagem na câmera, ou seja, compõe a partir do start e stop da filmagem preservando a sequencialização que se forma e, posteriormente, já na moviola, estende somente algumas agens pretas da imagem criando interlúdios. Não há mais repetição, mas um trajeto linear. Assim, a elementaridade da fixação em seus filmes centra-se mais do que nunca nas desaparições, como sugerido no título. Imagens tão breves que parecem, por vezes, durar um único frame, um rápido start e stop. Agora, a subjetividade é minimizada ao salientar a unidade fílmica, conscientizando o espectador dos frames que am e compõem. Alguns fragmentos são tão ágeis que criam um stop-motion próprio.”
Texto completo em:
mam.rio/cinemateca/sessao-babel/#secao2
O filme será exibido dia 05/04/2025, às 18h, na Cinemateca do MAM, como parte da Sessão Babel #1 Dinâmicas de Montagem: corte-travessia
]]>Watched on Sunday March 23, 2025.
]]>Watched on Tuesday March 18, 2025.
]]>Watched on Saturday March 15, 2025.
]]>Watched on Friday March 14, 2025.
]]>Watched on Monday March 3, 2025.
]]>Watched on Thursday February 20, 2025.
]]>Watched on Wednesday February 19, 2025.
]]>Watched on Tuesday February 18, 2025.
]]>Watched on Sunday February 16, 2025.
]]>Watched on Sunday February 16, 2025.
]]>Watched on Sunday February 16, 2025.
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]]>Watched on Sunday February 16, 2025.
]]>Watched on Sunday February 16, 2025.
]]>Watched on Sunday February 16, 2025.
]]>CINEMATECA DO MAM, 07/06/2025, às 18h.
Textos, entrevistas e fotos:
- Apresentação Sessão Babel #2: Política de atores e o cineasta-programador, por Gabriel Linhares Falcão
- “Oh Jesus Christ, it’s Henry Fonda!”: Política e ator, uma união não tão improvável, por Letícia Weber Jarek
- Depoimento do diretor, por Alexander Horwath
- Sonhos e fatos, Fonda e a América, por Alexander Horwath
- A última entrevista de Henry Fonda, por Lawrence Grobel
- Notas de programação para Henry Fonda para presidente (Il Cinema Ritrovato, 2020), por Alexander Horwath
- Programação, minha bela inquietação, por Leonardo Bomfim Pedrosa
- Entrevista com Alexander Horwath: Sobre Programação e Cinema Comparado, por Álvaro Arroba
- A promessa do cinema, por Alexander Horwath
- Algumas notas sobre uma “Utopia do filme”, por Alexander Horwath
- Fotos das filmagens de Henry Fonda para Presidente, por Alexander Horwath, Michael Palm e Regina Schlagnitweit
Traduções do inglês por Gabriel Linhares Falcão e João Lucas Pedrosa, do espanhol por Leonardo Bomfim Pedrosa, do alemão por Lucas Saturnino. Revisão e edição por Beatriz
Pôssa.
Uma lista mais justa:
boxd.it/bSRKE
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]]>Cinemateca do MAM, 05/04/2025, Sábado, 18:00h. Sessão acompanhada de apresentação e conversa. Com a presença de Vinícius Romero e Matylda Rosinska
mam.rio/cinemateca/sessao-babel/
Textos e materiais:
-Apresentação Sessão Babel #1 Dinâmicas de Montagem: corte-travessia (Gabriel Linhares Falcão)
- Tudo é igualmente importante: To Brasil, de Ute Aurand (Aaron Cutler e Mariana Shellard)
- Disappearances, de James Edmonds (Valentina Rosset)
- Materiais para Disappearances (James Edmonds)
- Sobre Mar de Coral (Elena Duque)
- Os pequenos mundos de Elena Duque (Paula Mermelstein)
- Ashes by name is man/ Popół imieniem jest człowieka, de Ewelina Rosinska (Lucas Saturnino)
- Partículas de um filme invisível (Rafael Castanheira Parrode)
- Ojitos mentirosos: Um trampantojo (Elena Duque)
- Ver, Crer (Roberta Pedrosa)
- Desertos, galáxias e stop motion espiritual (Bernardo Oliveira)
- Entrevista com Vinícius Romero sobre Duna Atacama (Gabriel Linhares Falcão)
- Sunprints 1, 2, 3, de Barbara Sternberg (João Pedro Faro)
- FILM <-----> LIFE (Barbara Sternberg)
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]]>+ Final da Libertadores da América: Botafogo x Atlético MG
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]]>Curso Éric Rohmer: Cinema, Arte do Espaço
Professor: Gabriel Linhares Falcão
AULA 1 (24/09 às 19h):
Cinema, a arte do espaço
AULA 2 (26/09 às 19h):
Classicismo no cinema e o estilo cinematográfico de Éric Rohmer
AULA 3 (1/10 às 19h):
A organização do espaço em Fausto (F. W. Murnau, 1926)
Valor total: R$150,00
As aulas serão gravadas e disponibilizadas paras os alunos assim como os filmes trabalhados.
O curso online partirá de textos críticos escritos por Éric Rohmer sobre espaço no cinema e sua dissertação "A Organização do Espaço em Fausto de F. W. Murnau".
Analisaremos cenas de filmes comentados por Rohmer em seus textos, cenas dos filmes dele enquanto diretor, abordando as noções de realismo, classicismo e expressionismo em seus trabalhos críticos e filmicos.
Serão trabalhados filmes de Charles Chaplin, Buster Keaton, Robert Flaherty, F. W. Murnau, Sergei Eisenstein e Eric Rohmer, além de estudos comparativos com pinturas de El
Greco, Tintoretto, Pablo Picasso, Rafael e Henri Matisse.
Contato para inscrição:
[email protected]
Sobre mim:
Gabriel Linhares Falcão é doutorando pelo PPGCine UFF com a pesquisa "A preeminência do ator na crítica sa: Macmahonismo, Diagonale e La Lettre du Cinéma; da política dos autores a política dos atores e atrizes"
Mestre pelo PPGCine UFF com a dissertação "Realismo e Romantismo: Estudo crítico do cinema experimental a partir das ideias de Éric Rohmer e Jacques Rivette".
Ministrou a disciplina "Éric Rohmer e Jacques Rivette: da critica a direção" no curso de Cinema e Audiovisual da UFF no semestre
letivo 2021.1.
Atua como crítico de cinema nas revistas El cine probablemente (México), Revista Limite e Revista Madonna, colaborou também com textos para Locarno Film Festival (Suíça), Cinemateca do MAM, FICUNAM (México), SwissInfo (Suíça), Variety (Estados Unidos), Photogénie (Bélgica), Multiplot (Brasil) entre outros veículos nacionais e internacionais.
]]>Episódio For 13 Days, I Belived Him de Kiyoshi Kurosawa para a série Modern Love: Tokyo
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]]>+ The Brilliant Biograph
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]]>+ Twin Peaks: The Return
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]]>BAD LANDS e Single8 empatados em oitavo.
Piores de 2023:
1- The Moon (月) Yuya Ishii
2- Monster (怪物) Hirokazu Kore-eda
3- Godzilla Minus One (ゴジラ-1.0) Takashi Yamazaki
4- Kubi (首) Takeshi Kitano
5- Revolver Lily (リボルバー・リリー) Isao Yukisada
6- Shin Kamen Rider (シン・仮面ライダー) Hideaki Anno
7- (Ab)normal Desire (正欲) Yoshiyuki Kishi
8- Ripples (波紋) Naoko Ogigami
9- The Legend & Butterfly (レジェンド&バタフライ) Keishi Ohtomo
10- Mom, Is That You?! (こんにちは、母さん) Yoji Yamada
Sexo, imoralidade, insurreição no cinema americano. Hollywood proibida. Quando os filmes eram sexy, cáusticos, complexos e muitíssimo divertidos. Regras feitas para serem não-cumpridas. Filmes sem escrúpulos e sensacionalistas ou sofisticados e adultos. São expressões contemporâneas de referência retrospetiva e falam de desassombro.
Trata-se do cinema de Hollywood. Da Hollywood pré-Código, a que a Cinemateca dedicou um primeiro Ciclo em 2006 e que tem ganhado visibilidade com a série de materiais resgatados aos arquivos e a consequente programação de filmes e ciclos temáticos, simultaneamente estimulando o estudo específico dessa era dos estúdios. Na história do cinema, que se firmava a Ocidente, na Califórnia, é uma época imediatamente seguinte à da agem do mudo ao sonoro, com o advento do cinema falado (dos talkies), em 1927. Concentra-se entre 1930 e 1934, anos que assinalaram a implementação tentativa e, por fim, a obrigatoriedade de aplicação, em versão restritiva, do Motion Picture Production Code, mais conhecido como Código Hays. Quando o cinema de Hollywood era desbragado, solto, não-refreado no que tocava a sexo, álcool, drogas, crime, prostituição, miscigenação, representações de comportamentos e modos de vida que seriam banidos dos ecrãs por muitos e muitos anos.
A partir de 1934, o controlo interno dos estúdios aconteceu por via do Código que estabeleceu as regras consentidas pela indústria atendendo a conteúdos, e viabilidade comercial, em reação a pressões crescentes das elites religiosas e ideológicas em prol do respeito dos “princípios morais”, dos “bons costumes”. Assumindo a indústria do cinema de Hollywood uma vocação de entretenimento não aliável a perceções chocantes, terá sido uma forma de, preservando a autonomia, os estúdios neutralizarem a atividade das muitas comissões de censura locais e evitarem um controlo federal. Os primeiros acordos tendo em vista a auto-regulação foram anteriores aos anos 1920 – Thirteen Points, Formula, The Don’ts and Be Carefuls foram títulos de documentos publicados pelos produtores e distribuidores – e a nomeação de William H. Hays para a presidência da Motion Picture Producers and Distributors of America (MPPDA) seguiria essa política, ligando o seu nome à censura em Hollywood.
"A multiplicação dos escândalos hollywoodianos e as ameaças anti-trust contra o oligopólio dos distribuidores mobilizavam a maior parte das intervenções do presidente da MPPDA [em 1922]. Hays define e impõe uma forma do 'politicamente correto' que se aproxima de uma 'fábrica do contentamento' (e do consentimento). O estudo da elaboração do Código de Produção dá a conhecer uma parte das suas atividades, nas quais se excedeu politicamente, mas revela também a amplitude da sua influência, que marcou decisivamente a indústria do cinema dos anos 1920 aos anos 1940." Compilando as versões preparatórias e definitiva do Código, Le Code Hays de Francis Bordat Frédéric Cavé (2023) propõe uma genealogia do Código e um curioso elogio a William Hays que desconstrói em parte a sua "má fama", apontando à posição de cúmplice da comunidade de Hollywood e de mentor de uma "política da indecisão" assente em estratégias de comedimento que podiam expor os filmes "a explicações (e satisfações) múltiplas e por vezes contraditórias", a uma ambiguidade que permite "uma transgressão tolerável dos interditos. E fazer do cinema clássico uma arte que pode dizer tudo".
Factualmente o intervalo de tempo da Hollywood pré-Código é contemporâneo de discussões à volta de censura e autocensura face a acusações de imoralidade: um núcleo de filmes encarou possibilidades narrativas indiferentes a supostos limites sociais-culturais, deu existência a personagens bravias, sendo inventivo e experimentando um fôlego raro. Selvagens, perigosos, corajosos, divertidos, os filmes pré-Código atravessaram géneros e protagonistas. Mas ficaram associados às estrelas não cadentes Joan Blondell, Humphrey Bogart, James Cagney, Bette Davis, Marlene
Dietrich, Cary Grant, Jean Harlow, Katharine Hepburn, Miriam Hopkins, Fredric March, os Marx, Edward G. Robinson, Ginger Rogers, Norma Shearer, Sylvia Sidney, Barbara Stanwyck, Spencer Tracy, Mae West, Loretta Young... ou Ruth Chatterton e Warren William, Theresa Harris e Anna May Wong... e até John Wayne (em BABY FACE).
Em 2024 na Cinemateca, "A liberdade pré-Código" propõe uma vintena de títulos produzidos e realizados em 1930-1933 que revisitam a elementar bravura de Hollywood nesses anos, dando primazia a filmes que não inibiram os bons-maus costumes das ou nas margens. Numa espécie de coincidência feliz, vários deles têm a de William A. Wellman. O programa concentra-se em março, mas terá um posfácio em junho, quando poderão ser vistos PART TIME WIFE, de Leo McCarey (1930), e THE STORY OF TEMPLE DRAKE, de Stephen Roberts (1933), por disponibilidade das cópias 35 mm, provenientes dos EUA.
http://www.cinemateca.pt/CinematecaSite/media/Documentos/pre_codigo.pdf
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]]>...plus 84 more. View the full list on Letterboxd.
]]>...plus 79 more. View the full list on Letterboxd.
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]]>...plus 69 more. View the full list on Letterboxd.
]]>www.youtube.com/watch?v=9tuEZLptLq0
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]]>De 13 a 18 de abril de 2011 (Lincoln Center e Anthology Film Archieves)
https://www.filmlinc.org/daily/free-radicals-serge-bozon-and-the-new-french-cinema-begins-today/
https://www.wearemoviegeeks.com/2011/03/free-radicals-serge-bozon-and-the-new-french-cinema-at-lincoln-center/
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]]>Apenas filmes lançados a partir de 2010 e apenas filmes que considerou “ótimos”.
2010: 1-6
2011: 7-20
2012: 21-33
2013: 33-40
2014: 41-55
2015: 56-63
2016: 64-72
2017: 73-85
2018: 86-106
2019: 107-125
2010-2019: 126-127
2020: 128-144
2021: 145-160
2022: 161-173
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]]>I followed the orders of the publications.
In the list of 2018, Francisco used the rule "without differentiating between movies seen for the first time or several times", so I chose only those of this decade (2010-2019).
2010: 1-22
2011: 23-48
2012: 49-78
2013: 79-102
2014: 103-153
2015: 154-182
2016: 183-217
2017: 216-241
2018: 242-291
2019: 292-302
2020: 303-310
2021 (segunda lista): 311-325
2022: 326-338
Not on Letterboxd:
2010
Greenpoint - Jim Jennings
2011
Dark/Slide - Sophie Michael
Nettles and Ivy - Lisandro Alonso
Riding for the Feeling - Archie Radkins
2012
On Spec - David Phelps
2014
Intensities - Helga Fanderl
2015:
Communing - Helga Fanderl
loiter a light - Alberto Anglade
Three Films from the Room - Peter Todd
2016:
Gasometers 1-3 - Nicky Hamlyn
This is Just to Say III Nro 7: Fragments of El Manso (skies) - Andrés Denegri
Ir e Vir - Miguel Mariño
2017:
Resonances - Helga Fanderl
2018:
An Afternoon - Nick Collins
Episcopi - Nick Collins
Reflection - Nick Collins
Shanghai Notebook - Nick Collins
Fischerboote - Helga Fanderl
Nacht am Kanal - Helga Fanderl
Schneefall - Helga Fanderl
Weiße Blumen für P. - Helga Fanderl
Wildgänse - Helga Fanderl
At the Vienneese Prater - Friedl vom Gröller
Atelier d'Expression - Friedl vom Gröller
Cherries - Friedl vom Gröller
Photosession - Friedl vom Gröller
Secret identities of a Psychoanalyst (Part 4) - Friedl vom Gröller
Why it is Worth Living - Friedl vom Gröller
Cruce Postal: del otro nuevo viaje - Valentina Alvarado Matos
Smoke - Nicky Hamlyn
2020:
Unowned Luxuries #3 - Amy Halpern
2021:
Gießen in die verlorene Form - Josef Grassl
Water & Wall - Cassandra Celestin
We May Go In a Different Direction - Sally Lawton
...plus 328 more. View the full list on Letterboxd.
]]>Bernard Eisenschitz - Un si joli mot: le montage!
Darezhan Omirbayev Educational Films
Interview with Luc Moullet on Mikhael Hers films
Marie-Claude Treilhou - Archipel des amours: Lourdes, l'hiver
Michel Delahaye - Archipel des amours: Sara
Noël Simsolo - Hawks par Vecchiali
Paul Vecchiali: Archipel des amours: Masculins singuliers
Serge Daney présente Trafic (1992)
Takahiko Iimura - Yoko Ono : This Is Not Here
Takahiko Iimura - Performance/Myself (Or Video Identity)
Takahiko Iimura - Eye for Eye, Ear for Ear - Film Strips I & II
Takahiko Iimura - Filmmakers
The Dick Cavett Show:
- Alfred Hitchcock
- David Bowie
- Frank Capra, Mel Brooks, Robert Altman, Peter Bogdanovich
- Ingmar Bergman
- Janis Joplin, Gloria Swanson
- Jean-Luc Godard
- Jefferson Airplane, Joni Mitchell, David Crosby & Stephen Stills
- Jimi Hendrix
- John Cassavetes, Peter Falk, and Ben Gazzara
- John Lennon & Yoko Ono
- Katharine Hepburn
- Marlon Brando
- Mel Brooks, Rex Reed, Mark Frechette & Daria Halprin
- Orson Welles
- Stevie Wonder, Elsa Lanchester, Alain Delon, Tex Ritter
- Woody Allen
- Woody Allen, Ruth Gordon, Gina Lollobrigida
...plus 300 more. View the full list on Letterboxd.
]]>Vistos pela primeira vez em 2022. Filmes lançados até 2021.
...plus 113 more. View the full list on Letterboxd.
]]>24-29/12/2022
...plus 15 more. View the full list on Letterboxd.
]]>20-24/12/2022
...plus 16 more. View the full list on Letterboxd.
]]>Convidados: Matheus Zenom, Paula Mermelstein, Vinícius Aranha, Cezar Migliorin (KUMÃ), Douglas Resende (KUMÃ) e Rafael de Luna (LUPA).
Segundas à tarde na Sala de Projeção da UFF, emendando com o Cineclube do Davi Braga pela manhã.
Não consta no Letterboxd:
Senegal x Holanda (Copa do Mundo 2022)
...plus 33 more. View the full list on Letterboxd.
]]>David Ehrenstein: Have you done much theoretical reading about editing strategies? Eisenstein, Vertov. . .
Warren Sonbert: No, I haven't. A lot of it’s been from seeing films like I did when I was a child, over and over again, which don't do much now. I find I learn much more from music these days, listening to how a piece of music unfolds. New films don't move me much anymore, they seem eminently predictable.
Strangely enough before I'd made films I'd seen all the Eisenstein films, but I'd never seen Vertov or Man With a Movie Camera specifically until after I'd made Carriage Trade. And it was great—I totally loved it, totally embraced it. But it was because I realized that he was doing things along a line similar to what I had been doing. So it wasn't that he influenced me. Not exclusively so, because there’s still a certain didactic element in Vertov, less so than in Eisenstein. There’s more breathing space, more juxtaposition in Vertov than there is in Eisenstein.
Ehrenstein: Vertov felt that the camera was a scientific instrument to decode reality, to transform reality, and there are certain notions in the avant-garde like Brakhage's identification with the camera ...
Sonbert: I think one of the pluses of independent filmmaking is that it does reveal the stance — psychological, physiological — of the filmmaker. How tall the person is, how he moves, what he sees, what he includes, what he excludes. Not just with the compositional frame, but also in the editing aspect. However, my main reason for making films is actually to set up arguments. Each shot is a statement, and I'm giving, virtually, lines that people should be able to follow. Ifs not that any shot can be used at any particular moment, they're not just drawn out of the air. There’s a reason for the placement of everything in the film.
Ehrenstein: But your films aren't didactic at all. The viewer can always take everything somewhere else.
Sonbert: There are a certain amount of choices, ambivalences. Various meanings can be associated with the assembled shots. There is no one correct answer. There are several levels, hopefully. Puns, visual metaphors, points about cliches of language, even extending to the titles themselves. Its both very simple and very complex, and like the tension between those two aspects.
...
Ehrenstein: All your films up to now have been silent. Do you ever think about the possibilities of making a sound film? The reason l ask is because I know of your love of music, especially opera. Do you ever see yourself working with sound in some way?
Sonbert: Well, actually I'd love to make a sound film, but I haven't been able to master the technical aspects of it yet, ... That's just a joke, since I get that question at every film show. But I really feel that images are so much more clarified and ambivalent and really powerful if they can be just seen in and of themselves. Any soundtrack first of all imposes its own
rhythm that sometimes people get boxed in by, or else the music carries the film along in a way that the visuals never would on their own. A soundtrack, I feel, is either redundant or has totally different concerns. The films are musical, I mean, it all has to do with how long a shot lasts. I always compare my shots to notes or chords. It does come from music, but because of that I cant use music. If you wanted to use any kind of music on it it would work— if you wanted to put a Mozart piano concerto on or the Rolling Stones—but that doesn’t mean anything. It's much less than what goes into a shot itself~the exposure, the lines around the image, where the camera's placed. All these things are much more complex to me than sounds are.
...
Ehrenstein: In seeing your films I get the feeling that you're there but not all the time. I never get the sense of the direct presence of the filmmaker.
Sonbert: All beginning film students, it's almost a mandatory thing, include themselves in the mirror with their camera. Like making it valid that they exist—identity crisis problems or whatever. I love that phrase, "second story man." I like the idea of being the invisible man, the eye of God, using a close-up focal length, being in a window looking out at people without their knowing that the camera's there. I like things to be very simple, very clear, very direct and I can do that best when the subject isn't aware of my presence or, at least, is relaxed.
Ehrenstein: But the results aren't like cinema-write.
Sonbert: No. Absolutely not. I don't know what that means. It’s the world that I’m constructing—that’s the reality.
Ehrenstein: Well, to go to the other extreme—what about a filmmaker trying to remove himself as much as possible, like Snow?
Sonbert: Snow, I guess, has been the first person to do all these kinds of things, but structural cinema is one thing I have great problems with. The thing about those kinds of films is that they are unbelievably predictable in that after you see the first ten seconds you know what the next four hours are going to be. Films are like music and they have to be dense and kinetic. Elliot Carter is much more interesting than George Crumb or Terry Reilly and Steve Reich and all that work with repetition and small changes in a broad period of time, it interests me much less than rapid changes in a short period of time. The natures of the mediums of music and film lend themselves to sharp angular juxtapositions and changes. People, if they work at it, can have a tremendous capacity to consume both in listening and watching.
Ehrenstein, David. "Warren Sonbert Interview", Film Culture 70-71 (Winter 1983), pages 185-196.
]]>https://twitter.com/topfilmtuiter/status/1515757646430801927?s=21&t=UldQ7amDZU_RKK8mp60JJw
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]]>Deli Commedia (Merce Cunningham, 1985)
Changing steps (Merce Cunningham, 1989)
Pond Way (Merce Cunningham, 1968)
Time and space concepts in music and visual arts (Merce Cunningham, Nam June Paik e John Cage, 1978)
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]]>Brenez's commentaries on the notes.
2010: 1-4
2011: 5-8
2012: 9-13
2013: 14-22
2014: 23-32
2015: 33-39
2016: 40-45
2017: 46-53
2018: 47-62
2019: 63-73
2020: 74-92
2021: 93-104
Not on Letterboxd:
- Jean-Luc Godard, Ji.hlava International Documentary Film Festival Trailer, 2018
- Masao Adachi, Video Letter, 2011
- Abounaddara Film Collective's works
- The Visit (Kristi Tethong Canada, 2021)
- Fiertés, inc. / Pride, Inc. (Thibault Jacquin, , 2020)
None of the lists are ranked.
"A homenage to the anonymous demonstrators who struggle against injustice day by day, this is a visual supplement to Howard Zinn's book A People's History of the United States."
"Godard's speculative pyrotechnics cast light on a collective tragedy, the disaster of lost illusions. It fulfils the wish expressed in his early Histoire(s) du cinéma: "it's high time that thought became once again what it is in reality: dangerous for the thinker and transformative of the real.""
Part One
"A brilliant deconstruction of Robert Flaherty's Louisiana Story, this first section of a fresco focused on the New Orleans oil spill."
"Without respite, cinema records silhouettes, groups, crowds, masses - fleeting ers-by of the era they're crossing, walk-on parts bearing witness to the zeitgeist that carries them. X+ explores the visual and sonic forms of presence thanks to which the silver-emulsion imprints of the countless unkown human beings who make up the thread of humanity linger or dissolve."
"A simple, modest and faithful record of some moments at the Lucca Film Festival in October 2010, with songs and speeches by Abel Ferrara: trace of the co-presence of two of the greatest contemporary filmmakers (Ferrara and Courant), dissident and true sons of Cesare Zavattini's revolutionary spirit."
"How propaganda reverses itsef into a devastating critique of any political power."
"To commemorate the tenth year of the invasion in Afghanistan, a collaborative work analysing the logics and consequences of American imperalism."
"Digital fresco about Normandy landscapes that renews the forms of editing."
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]]>03/01/2022
www.facebook.com/terrymakay/posts/4574937529285945
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]]>Favoritos vistos pela primeira vez em 2021.
Filmes com menos de 1k "watch" no Letterboxd mais alguns especiais (+ 1k) que não poderiam ficar de fora.
Sem filmes lançados em 2021.
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]]>2010: 1-25
2011: 26-38
2012: 39-49
2013: 50-59
2014: 60-72
2015: 73-84
2016: 85-97
2017: 98-110
2018: 111-120
2019: ——
2020: 121-132
2021: 133-145
Não estão no Letterboxd:
2010:
Notre Brecht - Pierre Léon
Contre-Jour, Cristophe Girardet – Matthias Müller
2011:
Platane - Eric Judor
La Chambre vide - Dominique Baumard
Dutch, le maître des forges de l’enfer - Rithy Pahn
Curb Your Enthusiasm (temporada 8), Larry David
2012:
Fat Cat - Patricia Gélise e Nicolas Deschuyteneer
2017:
Curb Your Enthusiasm - Larry David
The Genre - Klim Kozinsky
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]]>Disciplina que lecionei no semestre 2021.1 pelo Estágio Docência do PPG-Cine (UFF).
Ementa: "Apresentar e debater ideias que circundavam a crítica sa nos anos 1950 a partir da obra crítica e fílmica de Éric Rohmer e Jacques Rivette. Discutir temas como autoria, mise-en-scène, estilo, classicismo, cinema moderno, expressão, escrita, presença e as mudanças estéticas ocorridas com a chegada do Cinemascope e de câmeras mais portáteis. A disciplina se divide em dois momentos: análise do material crítico (especialmente dos dois cineastas em destaque) e análise de suas filmografias a partir das ideias apresentadas na primeira etapa. Em cada aula serão debatidos com os alunos textos e filmes selecionados."
Turma muito boa. Saudades...
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]]>O programa Novas Películas Espanholas apresenta o trabalho de três jovens artistas, a hispano-venezuelana Elena Duque, a venezuelana radicada na Espanha Valentina Alvarado Matos, e o espanhol Jorge Suárez-Quiñones Rivas que filmou muitas de suas obras no Japão.
Nos últimos anos, a Espanha vem reunindo muitos entusiastas, dedicando atenção especial ao cinema experimental e aos formatos analógicos de criação e exibição. Revistas de cinema, crítica, festivais de experimental, exibidores alternativos, programadores, cinematecas, galerias, laboratórios de criação e ensino investigam e apresentam outras possíveis histórias do cinema que não marginalizam formas alternativas de expressão, consolidando também um ambiente em que a realização por meios analógicos é possível.
Propomos observar a Espanha como um espaço de trânsito, a partir de filmes, artistas e câmeras que transitam. Três cineastas emergentes que compartilham a paixão pelos formatos analógicos (em especial, o Super 8), mas que apresentam maneiras bem distintas e pessoais de fazer cinema, nas quais a prática e a experimentação são condições da expressão, resultando na criação e descoberta de diferentes procedimentos e formas simples.
Programa:
Valdediós (Elena Duque, 2019)
Coleção Privada (Elena Duque, 2020)
O mar penteou a costa (Valentina Alvarado Matos, 2019)
Propriedades de uma esfera paralela (Valentina Alvarado Matos, 2020)
Doze Filmes Sazonais (Jorge Suárez-Quiñones Rivas, 2019-2020)
Meihōdō (Jorge Suárez-Quiñones Rivas, 2020)
Transcrições da entrevista com Helga Fanderl contida nos extras do DVD Fragil(e):
“Well, I think that influences do exist, but not in the direct sense, more indirectly. I had already established my own approach before gradually becoming familiar with the films of film history and above all those that impressed me and became important to me.
I was fortunate to have two very good film teachers: first Peter Kubelka, with whom I studied at art school in Frankfurt, and then Robert Breer in New York, where I spent a year after completing my studies. Both are artists who place film in focus of their work and who pursued rather radical attitudes. They showed me the importance of working precisely with each image and the time form. Fortunately for me they understood and ed my way of filming in silent super 8.”
…
“Sure, Robert Breer is a visual artist, he comes from the field of painting. They both started with the European tradition before becoming acquainted with US’s blossoming avant-garde. And, already back in the 50s, they both created masterpieces. With Kubelka and Breer there is an underlying perception of art history and of course film history as well and not just experimental or avant-garde film.”
…
“As I’ve said, only indirectly. For example I think that because I work without sound and implicity trust the visual force of film images, there are certain associations with early film, but not just avant-garde film. Although I think that this inventive force in of film language, the visual inventive force prevailed before sound came along. It is always a pleasure for me when I can see and detect this force.
Filmmakers form these early days of avant-garde that I particularly ire, without saying that I have been influenced by them, include Dziga Vertov, with his Man With a Movie Camera, and naturally some time later Jean Vigo’s film À propos de Nice and also, though a later sound film, L’Atalante. Meanwhile I have seen many films from the American avant-garde period a real goldmine. I’d say that I have the greatest affinity for films with poetic qualities. Although I wouldn't say that I regard them as models. However, it is important for me that there are such films. For example, a film like Ming Green by Markopoulos, which is made entirely in the camera, although he uses sound. Other work that I regard highly is that of Robert Beavers, for instance his film Work Done or his more recent films which I like a lot. And naturally the poetic, direct films, like those of Jonas Mekas.”
]]>+
Clarisse’s Neck (Benjamin Esdraffo, 2003)
Episódios de Screening Room (Robert Gardner)
DVDs Jordan Belson
DVDs Guy Sherwin
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]]>Favoritos vistos pela primeira vez em 2020.
Menos de 1k "watch" no Letterboxd.
Sem filmes lançados em 2020.
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]]>Jonas Mekas sobre Central Bazaar de Stephen Dwoskin para o Soho News, 7 de abril de 1977
Em 28 de março, o MOMA (Cineprobe) exibiu o Central Bazaar de Stephen Dwoskin. Dwoskin estava presente e respondeu a perguntas. O filme foi rodado no ano ado e tem 153 minutos de duração. Foi reduzido a esse comprimento a partir de quinze horas de filmagens que Dwoskin filmou com um grupo de voluntários aventureiros o suficiente para improvisar, representar suas fantasias eróticas. As pessoas se mexem, olham umas para a outras - há muitos olhares nesse filme, talvez mais do que em qualquer outro filme de Dwoskin; é um bazar para voyeurs.
Sim, as pessoas se mexem, olham umas para a outras, tentam se comunicar, fracassam, às vezes quase conseguem - mas nenhuma de suas atividades leva a uma conclusão, consumação ou comunicação. Tudo permanece não realizado, suspenso, tenso e - às vezes - desesperado. Ou é tudo ritualístico? Eles alcançam apenas esse ponto e então se chocam contra as fantasias uns dos outros; eles desmaiam; os sentidos ficam no vácuo, queimam na ponta dos dedos, para nunca serem realizados. Teatro da vida, figurinos, sexos, cores, lábios, realidade e fantasia se misturam e se revelam, intensificados pelo obsessivo olho de câmera de Dwoskin, quando ele percebe, observa, para nos rostos, detalha, sustenta, não desaparece; o rosto está preso, gravado. Mas não há forçar nem estuprar com a câmera em Dwoskin. É a própria gentileza, é uma inteligência que é gentil e imponente, uma sensibilidade que não destrói ou estupra a realidade, mas a ajuda a abrir, como um livro, página por página, bobina por bobina, movimento por movimento.
Talvez se pergunte ao sair, por que esse filme foi feito, o que é, qual é sua informação, quais são suas lições. Eu não sei, e Dwoskin também não nos diz. Só sei que o que vejo é único, é difícil de fazer e não acho que o próprio Dwoskin saiba porque o fez. Mas ele teve que fazer isso. É uma daquelas coisas sobre objetos de arte que eles devem ser feitos. Toda a conversa dos políticos de arte - entre em qualquer loja de arte hoje em dia, os lugares estão repletos de publicações de arte política - tudo é apenas um atempo da moda; não tem nada a ver com o fato de que a arte sempre será criada e não seguirá nenhuma regra nem política e será muito útil para alguns e totalmente inútil para outros.
Eu estou assistindo minha filha. Ela tem dois anos e meio. Duas vezes por semana, com a mãe, ela frequenta as aulas de Tai Chi. Ela não faz nada lá, me disseram. Ela apenas senta ou anda e observa. Ela nunca tenta imitar nenhum dos exercícios de Tai Chi. Mas agora, em casa, ela fica no meio da sala e o faz. Ela faz todos eles, um após o outro.
Eu disse isso a Brakhage, hoje à noite. "Sim", disse ele, "somos todos olhos, somos todos olhos". E lembro-me de ler em algum lugar, anos atrás, como nós, enquanto assistíamos uma dançarina ou ouvíamos um cantor, nos apresentamos sem movimentos visíveis - mas esses movimentos foram capturados e medidos pelos cientistas enquanto nos sentávamos lá, naquele assento, nós, o público, fazemos exatamente os mesmos movimentos que o dançarino e fazemos os mesmos sons que o cantor.
Então, onde eu estou? Ah, o bazar dos sentidos de Dwoskin. Assistimos a um filme de Dwoskin e encenamos nossas próprias fantasias eróticas, as seguimos, as medimos. Ah, sim, também havia esse filme japonês, qual era o seu título, que foi proibido de ser exibido aqui há um ano: Império dos Sentidos. Ali também nos sentamos, assistimos, reencenamos e medimos. Mas que diferença! Não havia Virgílio - havia apenas o inferno.
Thomas a Kempis, um homem muito sábio, escreveu um livro Da Imitação de Cristo. Sim, podemos crescer e progredir por imitação, seja um bom vinho, um bom pão ou um bom cinema. E também podemos imitar o Wonder Bread* e o cinema ruim e arrastar a humanidade ainda mais para baixo e produzir cânceres. Stephen Dwoskin é um bom monge do cinema, cuja imitação faz bem ao corpo e à alma.
Jonas Mekas
*Marca americana de pão. A primeira a vender o pedaço fatiado (pão de forma).
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Nicole Brenez: É como a foto dos animais em Au Hasard Balthazar. Quanto mais você vê as coisas, menos as entende. Parece-me algo estrutural no cinema de Dwoskin: as trocas de olhares podem ser as mais mantidas, as mais sustentadas, as mais intensas e as mais longas; então eles se desdobram e somos cada vez menos capazes de descrevê-los, falar deles, nomeá-los, até qualificá-los, e é isso que é magnífico, porque é a complexidade da visão. Nunca entendemos nada, nem instantaneamente nem globalmente, não há síntese possível de qualquer emoção, de qualquer aparência, e é isso que faz o coração, o preço e a grandeza de seus filmes e seu dispositivo estético.
Pierre León: Como o olhar não é o mesmo, não é simétrico. É ainda mais perturbador com câmeras mais antigas, onde não existe o derivado da tela que todas as câmeras possuem hoje. Com as câmeras antigas, o olho está colado no visor: é necessariamente mais perturbador porque você tem a ilusão de uma conexão direta entre o olhar da pessoa que está filmando, o olhar da pessoa que está filmando - também, é o próprio Dwoskin, não um operador. Como existe uma aparência de câmera, você pode acreditar que há uma conexão direta com essa aparência da câmera, exceto que é uma armadilha total: a garota olha para a câmera e não para Dwoskin. É um relacionamento impossível, de entrada impossível. De repente, congelo com a persistência do teatro dessa maneira de fazer as coisas: por exemplo, no início de Dyn Amo, quando ela dança. Não há melhor exemplo brechtiano no cinema. Uma mulher repete os gestos de uma stripper, repete-os sem interpretá-los: ela os reproduz. O que me surpreende é que, quando chegamos à tona, pensamos em algo muito distante - de fato, o efeito V de Brecht - do melodrama: a garota começa a chorar, sentir emoções e continua olhando para a câmera. Claro que há algo que acontece naquele momento, que é arrancado do cinema. É um momento de destruição - eu sempre o encontro nos filmes de Dwoskin. O corpo que está lá será destruído, pelo tempo, pelo olhar do cineasta ou pela própria câmera, há como um sacrifício. Se falo em persistência no teatro, é como uma possível definição de cinema: filmar algo que vem de outro mundo, heterogêneo em princípio ... Sempre penso em Schroeter nesses casos, embora essa relação com Dwoskin não seja tão clara. Mas ainda existe nesse momento um relacionamento extremamente perturbador: não sei quem é o objeto e quem é o sujeito, e essa falsa conexão é exposta. É claro que há um certo grau de consciência nesse tipo de coisa, sou sincero e ingênuo, sinto essa beleza, entendo essa beleza, porque ela se apresenta com uma nudez voluntária, como um fio elétrico do qual removemos a armadura. Ainda está lá, e a pergunta é: como está conectada, como a a eletricidade?
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Textos originalmente publicados em português:
Stephen Dwoskin: O fantasma, o espelho, o travesti de Luiz Soares Jr.:
revistacinetica.com.br/home/stephen-dwoskin-o-fantasma-o-espelho-o-travesti/
Review de Bruno Andrade sobre Behindert:
https://letterboxd.conexionsite.com/timeistheking/film/hindered/
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Leia também em:
beloeosentimento.home.blog/2020/04/12/especial-stephen-dwoskin/
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]]>Imaginary conversation between Michael Snow and Marguerite Duras, by Nicolas Rey
In 1978, Michael Snow and Marguerite Duras met for the first time when Snow came to Paris for a solo exhibition at La Centre Pompidou. Duras had just finished work on "Le Camion" while Snow had completed the films "Wavelength", "La Région Centrale" and "Rameau’s Nephew". Neither one had seen each other’s work.
Dominique Noguez, with the intention of writing an article that was never completed, initiated a meeting between the two at Neauphle-le-Château and transcribed the ensuing conversation. The following is an excerpt…
M. Duras: They say that you are the champion of combinatronics. So, according to you then, cinema would be a random machine? According to you, cinema is a random machine?
M. Snow: I always leave space for chance and luck. Without chance, it becomes work. I want to see or hear something with which I have never been confronted. Basically, I’m a ‘trier.’
M. Duras: Someone was talking about your films when I was at the Hyères Film Festival – talking about ‘experimental cinema.’ That frightened me.
M. Snow: Why?
M. Duras: Society treats liberty as an alienation. It authorizes what can be put aside. One shouldn’t let that happen.
M Snow: I agree. But this identity business gave me the opportunity to discover important filmmakers. The issue is exhibition. You’ve managed to work inside the industry and so your films are released in cinemas…
M. Duras: Gaumont gave me ten million francs to make "Le Camion". For cinema, that’s very little. I don’t know if I was ready. I went for it. If the work print hadn’t been good, we wouldn’t have made prints of the finished film.
M. Snow: Don’t you believe that the reason you are given money is because your films tell stories?
M. Duras: But they will tell you that what I do is not cinema. My films are stories on proposed images. That for me is cinema. For forty years cinema has been ashamed of speech; as ashamed as it is of being intelligent.
M. Snow: But you can be intelligent without words.
M. Duras: When cinema reduces a story to a single image, it takes power over the audience. I know that’s not what you are doing.
M. Snow: But I could make a film with words only. One at a time, written on the screen. That’s an idea I’m having. Maybe you will think that it’s storytelling, but it’s not what I’m after.
M. Duras: And I could make a film where the screen would be black and I would narrate. I’m not sure you’d like it.
M. Snow: Let’s see…or rather, let’s hear! (They laugh.) I’m interested in a film as long as I can represent it to myself as a sculpture – a sculpture of light and time.
M. Duras: I’m more attached to the limitless potential of text; to its limitless proliferation of images.
]]>- Jeannette Muñoz
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]]>- Esperanza Collado
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