Bom filme. Um Hugh Grant irreconhecível e momentos surpreendentes. Por mais filmes de terror assim, que fujam do óbvio.

Será que eu vivo ou apenas existo?
Com uma estética acompanhamos o cotidiano de Jina. E na aparente simplicidade temos uma personagem introvertida com muitas camadas. O silêncios, solidão, luto, raiva e melancolia, são questões que circundam essa jovem mulher em sua pequena teia de relações interpessoais. São os fantasmas internos que é preciso combater. O filme fala muito sobre a solidão e vazio da juventude, a terceirização, impessoalidade do trabalho e as fragilidades das relações familiares.
Hong Sung-eun, uma jovem diretora que promete.
Neville d'Almeida preferiu explorar mais as cenas sensuais e a pornochanchada que dominava o cinema brasileiro na época. O sempre bom texto do Nelson Rodrigues e seus personagens, complexos e dúbios ficaram em segundo plano.
Mas, apesar de inspirada em um conto simples, perto de outros do autor, a crítica ácida à classe média carioca/brasileira, ao patriarcado e ao machismo ecoam na narrativa subversiva e pungente de Rodrigues.