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É um filme sobre o fim da adolescência filmado por um bebê.

''Austeridade'' e ''objetividade'' são palavras da moda em 2025, quando o assunto é cinema. Ocorre que o deslumbramento de uma certa pós-modernidade e todas as suas contradições inerentes, tão em voga no cinema maneirista da década de 80 e nas experimentações com o digital no decorrer dos anos 90, parece ter perdido o fôlego diante do mundo atual. Qual o sentido de se fragmentar narrativas ad infinitum, quando o mundo ao seu redor já é todo fragmentado?

Qual o impacto de cortes ágeis e despropositados, ângulos brincalhões temperados de voice-overs pseudo poéticos, montagem caótica e trilha sonora diegética que se faz extra de repente, em meio a um momento em que esses apetrechos e técnicas são parte do que há de menos inventivo na indústria cultural de 2025? É vanguarda, ou somente boutique?

Assistindo a um filme como Love & Pop só consigo pensar que as pessoas que apregoam que ''a nova desconstrução é construir'', de que ''é preciso de filmes mais austeros e clássicos'' e outras máximas da mesma ordem podem nem sempre partir de um ponto de vista conservador, mas acabam quase sempre agindo em prol desses ideais.

Por mais que hoje um TikTok soe mais incômodo e experimental que um filme do Raúl Ruiz e que a qualidade de um filme não se mede pelo tanto de fogos de artifício que ele utiliza para chamar a sua atenção, há sim uma força pungente assustadora em filmes que não temem se sujar na lama. Filmes que, de diversos modos, buscam trazer para frente da tela o esqueleto do cinema, arrancando-lhe as superfícies da carne, limpando-o do que há de mais exterior e aparente.

Há quem defenda que as experimentações com a linguagem são meros ''truques'', coisas ''simples'', ''que até um bebê faz'', e que o importante mesmo são as velhas noções de Personagens, Arcos Narrativos, Espaço, Tempo Narrativo e outras decorebas de manuais e livros didáticos. Fingem não saber que não existe conteúdo sem forma e que as principais obras artísticas da humanidade se debruçaram, profundamente, sobre os problemas da forma.

Até porque forma é conteúdo. Sendo justamente essa relação que torna a arte esse monumento desafiador que ela é, alheia ao que todos acham dela; existindo, antes de qualquer outra coisa, por si e para si.

Watched on Tuesday March 4, 2025.

Watched on Tuesday January 14, 2025.

Watched on Saturday January 11, 2025.

Watched on Saturday January 4, 2025.

RIP Flaherty: you would love today's postcolonialist literature departments

Watched on Friday January 3, 2025.

Watched on Thursday January 2, 2025.

Watched on Thursday January 2, 2025.

O fato dela e da Clarice Lispector serem contemporâneas diz muito.

Watched on Tuesday November 26, 2024.

Watched on Tuesday November 26, 2024.

𝑀𝑜𝑟𝑟𝑒𝑟 𝑡𝑎̃𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑄𝑢𝑒 𝑢𝑚 𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑜 𝑙𝑒𝑟𝑒𝑚 𝑜 𝑡𝑒𝑢 𝑛𝑜𝑚𝑒 𝑛𝑢𝑚 𝑝𝑎𝑝𝑒𝑙
𝑝𝑒𝑟𝑔𝑢𝑛𝑡𝑒𝑚: “𝑄𝑢𝑒𝑚 𝑓𝑜𝑖?…”
𝑴𝒂𝒏𝒖𝒆𝒍 𝑩𝒂𝒏𝒅𝒆𝒊𝒓𝒂

A dança das imagens rumo à entropia final em cena, pois até o movimento das imagens uma hora há de cessar.

𝙄 𝙬𝙞𝙡𝙡 𝙨𝙝𝙤𝙬 𝙮𝙤𝙪 𝙛𝙚𝙖𝙧 𝙞𝙣 𝙖 𝙝𝙖𝙣𝙙𝙛𝙪𝙡 𝙤𝙛 𝙙𝙪𝙨𝙩.
The Waste Land, T. S. Eliot.

Me impressiona sempre o equilíbrio preciso entre a estilização e o ''espaço ao acaso'' que o Pedro Costa imprime em seus longas. Aqui, há uma espécie de poética do espaço que se desenha pelo signo da aniquilação imanente na qual se misturam as noções de corpo e bairro.

A paisagem da destruição é o único solar que os moradores de Fontainhas possuem o. Em meio aos escombros que se assomam, suas vidas persistem.

Sobre o poder inebriante da ficção que alcança seu sucesso em troca de sangue.

Outro grande filme que aborda o desfalecimento das instituições burguesas no momento em que ‘’o homem da casa’’ decide colocar as garras para fora. O que me chamou mais atenção aqui foi a inclusão da Literatura como uma dessas instituições.

O que de fato ela é. Basta lembrar como o nascimento do romance moderno está intimamente ligado com o surgimento de uma burguesia ociosa que necessitava reivindicar seu suposto valor intelectual para ficar em pé de igualdade com a monarquia recém-superada.

O autor fracassado encontra sucesso a medida em que abdica de sua moralidade, rumando ao caminho da perversidade.

Se todo objeto cultural é fruto de uma violência, Stephen Byrne é o jardineiro que derruba um balde de fertilizante nitrogenado em cima da arte para que ela violente cada vez mais gente, cada vez mais rápido.

Meio troios e moios

Melodrama explosivo a respeito da violência imanente que fundamenta Melodrama explosivo a respeito da violência imanente que fundamenta os pilares do American Way of Life e suas consequências psicológicas ao longo prazo.

Trabalho, casamento, filhos e igreja. Ed Avery, paradoxalmente, se embebeda de todo o construto pétreo de cada uma dessas instituições enquanto as dinamitam uma a uma, num gesto de autoextermínio.

Quando alguém com algum juízo na cabeça é visto azucrinando o dito ''conservadorismo'' que, como sabemos, persiste a despeito de todos os avanços socioculturais, é por momentos como uma cena presente nesse longa:

Em uma reunião de pais e mestres, o personagem principal (que é professor) resolve, diante de um surto psicótico, expor seus verdadeiros pensamentos sobre as crianças, os alunos, o ensino, a escola e todas essas questões tão sagradas da nossa vida social.

Sua tese? A mesma que o seu tio do zap tem hoje: os jovens estão cada vez mais burros, incapacitados e emocionalmente frágeis. Que bom de verdade era antigamente, quando valores como ''segurança emocional'', ''expressão pessoal'' e ''permissividade'' não existiam.

Isso há 68 anos. Não à toa que canalhas desse tipo continuam se apoderando de tantos espaços. Afinal de contas, é sempre mais fácil culpabilizar a juventude de hoje pelo acúmulo de merda debaixo do tapete de ontem.

Não fosse o final reconciliatório, que busca aquela coisa tacanha de ''reformar o que está quebrado até o coração'', o filme seria uma obra-prima.

Mas o jeito em que ele termina é, também, o que faz sua força; como um artifício contraditório que aponta o imenso caos abjeto chamado família nuclear propaganda de margarina, enquanto debita essas falhas a uma droga externa - algo que não pertence ao American Life.

Tal qual o gigantesco Polifemo se medra diante de Ulisses e seus homens, tomando-os como prisioneiros da morte inesquivável sob o julgo de seu único olho aceso, Emmett Myers controla suas duas presas.

Sua arma é sua vida. Um falo que o faz homem, sujeito que existe apenas pela capacidade de condensar sua dor em violência gratuita: um sobrevivente que, como diz, ''nunca esteve do outro lado da mira''.

Não somente ele concebe sua personalidade como fruto do suor e do sangue, como é por essa mesma métrica que mede a masculinidade de suas vítimas. É espantosa a cena na qual o criminoso decide emitir seu juízo acerca dos dois amigos sequestrados e sua fala é limitada a chamá-los de ''fracos''. Como se não estivessem prontos, como se não fossem homens.

Mais espantosa ainda é a forma como Ida Lupino não apenas desnuda o ridículo daqueles que buscam se justificar enquanto homens apenas pela gramática da fúria e selvageria, como também reforça certos símbolos de uma ''outra face masculina'' nos papéis dos dois amigos.

Uma cena marcante disso é o ponto de virada que leva ao desfecho. Nele, o elemento-chave para o resgate está não na irracionalidade da reação agressiva, mas sim na aliança.

Um símbolo tempestuoso e contraditório per si, mas que aqui (inserido em seu contexto sócio-histórico) funciona como um contraponto ao perfil de masculinidade desempenhado por Myers.

Eles precisam (e vão) voltar sãos e salvos, porque possuem um alguém, um senso de pertencimento familiar atrelado ao papel de responsabilidade social que é, definitivamente, amargo ao meu paladar de hoje; porém, que deposita na relação com o outro a salvação. E isso considero tocante.

A tônica de ''viver pelo outro'' é tão forte que o próprio sequestrador zomba da burrice dos personagens, dizendo que um deles conseguiria escapar com certa tranquilidade caso não gastasse todo o tempo criando formas de salvar o outro junto.

Mas ainda sobre a aliança e esses ''homens funcionais'' em contraposição ao ''homem disfuncional'', é interessante notar que Lupino nem de longe mirou em uma espécie de ''reforço do papel social de marido da época''. Mesmo com o olhar bondoso em direção aos nossos heróis, o texto e a encenação deixam bem claro que ambos os colegas am longe de serem homens exemplares.

O filme delineia habilmente a possibilidade de adultério (com prostitutas, mas também por que não entre eles?) e explicita a certeza da mentira, de dizer para alguém que vai para algum lugar e ir para outro escondido.

Algo tão masculino quanto medir o tamanho do seu próprio pau com o do seu sequestrador, usando como métrica a vida de seu grande amigo.

É fascinante como a vontade primeva de se reconciliar com o amor, que partiu coberto de sonhos rumo a uma Hollywood inalcançável, perde toda a sua pujança a medida em que a estrada se alarga em possibilidades para o protagonista.

O que antes era sua razão de vida (a reconciliação com a amada distante), acaba se tornando um mero ''detour dentro do detour'', à semelhança de um circunlóquio misterioso, numa estrutura móvel que abriga duas figuras impenetráveis - sendo elas mesmas um perfeito duplo.

Vera é Charles Haskell: ambos estão à beira da morte, ambos são golpistas de marca maior, ambos possuem temperamentos esguios, ambos vivem no limite, se recostam do mesmo modo no carro, despertam o interesse do protagonista, amarram ele em uma trama excitante e morrem pelas mãos (tão descuidadas mãos) do mesmo homem.

A grande piada, ao final, apregoa o triunfo do acaso sobre o destino. Desse modo, as mãos firmes de outrora, que embalavam noites ao piano, estão maculadas de morte. A morte apalermada e ingênua; no entanto, inescapável.

Watched on Sunday November 17, 2024.

Watched on Sunday November 17, 2024.

É um excelente filme, desconsiderando todo o começo e o meio inteirinho.

Watched on Saturday October 5, 2024.

Larguei com cinquenta minutos por motivos de: tudo que há de formulaico e vazio no cinema, executado do modo mais pobre, genérico e sem tesão possível.

Há um ótimo filme aqui, pena que o diretor se esforçou demais para esconder isso.

Watched on Monday June 3, 2024.

Even better when watched at 2.0 speed on YouTube 360p on a Sunday night.

Poucos filmes captam a melancolia adolescente como este. A constante sensação de precisar sorrir quando, na verdade, deseja estar chorando e de cair em lágrimas diante de situações que seriam facilmente resolvidas via um sorriso.

A personagem principal (interpretação brilhante da Virginie Ledoyen) possui em si a chama da determinação jovem sem nunca se tornar um retrato fácil e caricatural. Para além da ''contestação juvenil'' (até ela bem situada em momentos pungentes - como a piada envolvendo assédio policial), ela é uma garota marcada pela vida. Uma vida curta, mas nem por isso menos importante.

É desse respeito à sensibilidade púbere que Assayas extrai sua matéria bruta, da qual ele compõe verdadeiros retratos profundos sobre os anseios e as coragens de quem acabou de começar a caminhar e já deseja voar para o infinito; de quem não aceita um ''não'' como resposta e que, bem longe de chorar por ajuda, decide tomar as rédeas da própria existência num ato de autoafirmação suicida.

Quanto mais envelheço (escrevo isso com quase 26 anos), mais me pego respeitando meu eu do ado. Sinto que Assayas tem essa mesma verve, o impulso de ultraar a fina camada da ''chatice adolescente motivada a atos de pura burrice'' para encontrar saltos de fé. Saltos esses que salvariam a vida da maioria dos adultos.

Nicholas Ray, gozando do status de lenda do cinema, após dez anos distantes dos holofotes de Holywood (esse mundo delirante de fantasias que o próprio Ray ajudou a dar vida com seus filmes), resolve dar a volta: ser um professor aprendiz; um mito rente ao chão, cujo ado glorioso inspira e assusta.

Unindo o que existe de mais experimental em matéria de linguagem a uma pluralidade narrativa extremamente sarcástica sem deixar a finesse de lado, o diretor se imortaliza por meio das sombras. Ray é uma lenda, mas não faz disso sua personalidade. Pelo contrário, é justamente nesse status mítico que ele se mostra um grande humano: falho, brincalhão, medroso, inseguro, repulsivo e generoso.

A despeito do tom mordaz e da sagacidade adjacente, é um filme que respeita a juventude como ela é. Um senhor que no auge do professorado decidiu sentar de lado e deixar a molecada por a mão na massa para ver o que acontece.
Que filme maravilhoso!

Watched on Thursday May 30, 2024.

Watched on Thursday May 30, 2024.

Se existe um ‘’Império Romano’’ meu, uma fantasia masculina que me pego pensando com frequência, esta é Hamlet.

Logo, eu, como um aficionado pela peça original, apaixonado por Hamlet, – esse que Harold Bloom reputa como sendo o personagem mais inteligente e consciente da literatura, a manifestação artística responsável pela invenção do Humano - não pude ficar de nenhum outro modo senão completamente arrematado pela releitura que o filme propõe.

Não tem como não, esse texto e esses personagens são, para mim, bases fundamentais.

Cenas/escolhas impactantes que me fizeram sorrir quietinho dum jeito bobo:

Assistir à linha do ‘’Time is out of t’’ numa vinheta televisiva fantasmagórica em meio a ruídos brancos e chiados foi UAU;

Ver o BILL MURRAY entregando as icônicas linhas dos conselhos de Polonius a Laertes (‘’Neither a borrower nor a lender be...’’;

‘’To be or not be’’ com um revólver apontado para a cabeça;

O ‘’Hamlet hat’’ sendo um gorro hipster;

A hesitação do príncipe diante do rei usurpador encenada em uma limousine;

Ophelia se afogando numa piscina de quarto VIP;

O solilóquio ‘’to be or not to be’’ executado dentro de uma Blockbuster;

Rosencrantz e Guilderstein de jaqueta de couro;

A ‘’peça dentro da peça’’ sendo um ‘’filme dentro do filme’’ feito de colagens de diversos filmes mudos;

O adeus de Ophelia (Good night, ladies, good night, sweet ladies, good night, good night) em meio a uma escadaria futurista dum conglomerado multimilionário;

Hamlet alimentando seu amor por Ophelia via DVDs caseiros;

Porra! A própria ideia dum Hamlet enfurnado em um quarto rodeado por monitores e imagens de filósofos e poetas na parede, que não faz nada o dia inteiro além se afogar no luto por meio de estímulos visuais. Que filme!

Filme maravilhoso. Só senti que a trilha sonora caberia um capricho maior, dentro dessa estética. Juro que esperei por uma cena em que rolasse um Jamiroquai. Mas teve Primal Scream e Morcheeba e isso já é o suficiente para tirar o gosto amargo da ausência.

Penso que talvez os anos 10 aram sem ter a sua releitura digna de Hamlet e espero que não ocorra o mesmo com os anos 20.

É o Mulholland Drive para rapazes emos.

Impossível não se deixar levar por um filme que grita anos 2000 o tempo todo, com direito a transições mais espalhafatosas que estavam disponíveis no mercado do audiovisual; fontes, inserts e filtros alá corporate grunge; um Ryan Gosling emuxo que apaga cigarros no próprio braço e chora; diversas alusões a Hamlet; além de uma alucinação catártica num puteiro embalada por Massive Attack - Angel.

É um daqueles filmes alegóricos digitais, no qual as tais estéticas Xpiritualism/Gen X Soft Club não são meros apetrechos visuais e sonoros, mas sim a própria gramática que baliza o longa. Tudo brilha além da conta, tudo é posto (e retirado) de cena do modo mais artificial possível, como um anjo feito de imagens granuladas que viaja através dos resíduos da imagem.

Um filme, no mínimo, sedutor em sua proposta e execução. Merecia mais reconhecimento sem sombra de dúvidas.

He said it! He said it!

Há algo de ''maximalista'' no escopo das telenovelas; uma certa polifonia romanesca reelaborada pelas óticas do pastiche comercial e do acúmulo de núcleos narrativos distintos por meio da linguagem audiovisual formatada pela TV.

É isso que enxergo, também, nos melhores momentos do Robert Altman. É o que enxergo aqui, em Prêt-à-porter. Um filme massacrado em seu lançamento, cujo distanciamento histórico de 30 anos ainda não foi o suficiente para uma revisão geral mais acalorada pelo público cinéfilo. Uma pena.

Sim, é uma sátira ao mundo da ''haute couture'', das grandes casas, do comportamento ''cartier latin'', da superficialidade. Mas é uma sátira Altmaniana: isso implica, em primeiro lugar, num certo ''rigor das emoções'' (por falta de expressões mais apropriadas) que, aliado ao timing quase que impecável para o humor físico e debochado, cria um bicho diferente; para além disso, o método romanesco de Altman (inimitável, eu diria) tece uma fina teia de personagens planos e redondos que se retroalimentam em uma grande sopa narrativa esdrúxula.

O elenco do filme já nos dá um aperitivo do que virá a seguir: Marcello Mastroianni, Sophia Loren, Kim Basinger, Forest Whitaker, JULIA ROBERTS, Lauren Bacall, Jean-Pierre Cassel e Anouk Aimée. Além de participações pontuais de gente como: Jean-Paul Gaultier, Thierry Mugler, Cher, Björk, Naomi Campbell e Sonia Rykiel.

São cinco ou seis filmes em um só: um thriller sobre a morte de um figurão, uma história de amor de um casal apaixonado separado por décadas e continentes, uma comédia romântica cheia de charme, um documentário que cobre o mundo da moda nos anos 90, um filme contracultural que investe contra o mundo da moda dos anos 90 e uma comédia pastelão contada em 3 línguas diferentes com grandes ícones do cinema.

Ou seja: é Altman fazendo o que sabe de melhor. Filme delicioso que certamente vale a revisão dado a sua estrutura ''maximalista'', na qual a maioria das cenas e situações se desdobram ou apontam (anafora e cataforicamente) para outros caminhos narrativos.

Watched on Tuesday May 28, 2024.

Watched on Saturday May 25, 2024.

Watched on Sunday May 5, 2024.

Watched on Saturday May 4, 2024.

Watched on Saturday May 4, 2024.

Watched on Saturday May 4, 2024.

Watched on Sunday March 31, 2024.

Watched on Saturday March 30, 2024.

Watched on Saturday March 30, 2024.

Watched on Saturday March 30, 2024.

Watched on Sunday March 3, 2024.

Watched on Wednesday January 31, 2024.

Nosso Blue Velvet.

Um neo-noir classudo, recheado dos tropos do gênero. Muito charme. Se filme tivesse cheiro, esse daqui certamente seria o Kouros, ou Polo Green.

Silmara está entre as grandes personagens do cinema nacional.

Uma joia de filme. Brasileiro até os ossos. Daqueles que dão orgulho de nascer e ser criado nessa terrinha tão judiada pelos poderosos, que encontra na comunidade (seja ela familiar, do trabalho, vizinhança, de rolês) um veio para os sonhos — essa liberdade mágica, esse reino particular que patrão nenhum tem o.

Silmara sente na pele o pesar da existência. E faz disso o motor de suas vontades.

A cena final é desoladora.

É um ótimo filme, se você desconsiderar a ''estética de festival'', o fato dele ser completamente inócuo, da narrativa ser despropositada e tentar ao máximo soar inteligentinha, a trilha sonora ser o puro suco do chorume, as personagens serem mais sem sal do que os agroboys do BBB, o jogo de câmera ser vazio de qualquer emoção e o plot ser mais vago do que discussões de Twitter.

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• ‘Rameau’s Nephew’ by Diderot (Thanx to Dennis Young) by Wilma Schoen

Sabe aquela cena de Clímax que possui uma TV rodeada de filmes e livros? Então, os filminho tão tudo aí; quanto aos livros... Sem tempo, irmão.

• Suspiria
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• Vibroboy
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